quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Malasada


Em Portugal mais precisamente na Ilha da Madeira e nos Açores, os católicos, em épocas de quaresma (40 dias antes da páscoa), fazem o jejum de certos alimentos como a banha e o açúcar, esses produtos não podiam ser consumidos nesses dias, então acabavam estragando, por esse motivo, criou-se o dia da Malasada (WISE GREEK, 2012).
Malasada é um doce típico português, consumido antes da quaresma principalmente na terça feira gorda (penúltimo dia de carnaval) eles faziam isso para usarem os produtos que estragariam nos 40 dias do jejum, hoje é feito por tradição.
As malasadas podem ser feitas de duas formas, uma sendo de massa dura (de corte) e a outra de massa mole (parecido com a massa de bolinho de chuva). Na receita tradicional não há recheios, e nem são feitos com furos, como são vistos em algumas variações hoje.

 Imagem: Malassada de massa dura




Imagem: Malasada de massa mole

Na Ilha da Madeira esses bolinhos ainda, tradicionalmente, são feitos, e a receita simples, durante os anos, foram passadas das mães para as filhas. Uma delas é Maria Dolores de Abreu (minha Avó), que nasceu na Ilha, mas hoje mora no Brasil, ela aprendeu muitas receitas tradicionais de lá, inclusive a Malasada, a qual até hoje prepara no penúltimo dia de carnaval, na terça feira gorda ou como ela chama, “dia de Entrudo”. O divertido é na hora da fritura, onde ela faz uma brincadeira, pois quando a massa é jogada no óleo quente, surge formas diferentes em cada bolinho, daí vem a graça, descobrir a aparência que cada um tem.




Imagem: Fritura da Malasada

A receita que a minha avó prepara é a de massa mole, ela é simples e rápida de fazer, além de ser uma delicia. Os bolinhos podem ser cobertos por açúcar, melado ou mel.

Ingredientes:
Massa:
1 Kg farinha
8 ovos
2 colheres sopa açúcar
2 colheres sopa manteiga
50g fermento químico
1/2 xícara de leite

Cobertura:
q.b. Açúcar ou mel.

Modo de preparo:
Peneire e misture os ingredientes secos, em seguida vá adicionando os ovos um a um. Depois junte a manteiga e o leite. Por fim o fermento. vá mexendo até a massa ficar completamente lisa.
Deixe descansar até a massa crescer.
Com uma colher de sopa pegue um tanto da mistura e jogue no óleo quente virando-a para dourar dos dois lados.
Finalize com açúcar, melado de açúcar ou com mel.

É um doce muito simples de fazer e bem gostoso, podem ser feitos, além da terça-feira gorda, em qualquer dia comum para um chá da tarde.



Referência:
WISE GREEK, O Que é Malasada, Disponivel em: <http://www.wisegeek.com/what-is-malasada.htm> visitado em: 30/10/12.



As freiras e os ovos


 É sabido que grande parte dos doces portugueses são  conventuais, ou seja, vindos de conventos de freiras, e nada mais comum do que possuírem nomes alusivos a religião católica, por exemplo: Papo de anjo, queijinhos do céu , toucinho do céu ou fatias de bispo.  Sabe-se que durante mais de setecentos anos  estas receitas foram aprimoradas  por freiras que prometiam o segredo  das receitas por toda sua existência mundana .
 Aliás eram moças que foram escolhidas para freiras à força, nascidas no meio e oriundas de famílias abastadas, como não cozinhavam em casa e tão pouco dentro dos conventos e estavam enclausuradas para sempre em um local com fartura de açúcar, ovos e amêndoas só podia dar no que deu, exímias consumidoras e produtoras de  doces.





 Mas é um erro pensar que estes institutos religiosos monopolizavam  a produção da doçaria portuguesa. Segundo Câmara Cascudo em  seu excelente “ A História da Alimentação no Brasil”, os doces produzidos em conventos eram largamente comercializados nas portarias destes institutos religiosos por isso a fama  da doçaria portuguesa conventual baseada em ovos e açúcar  se espalhou pela nobreza  portuguesa e posteriormente por toda a Europa. Posteriormente com o declínio das instituições  religiosas com origem no sistema feudal as mesmas freiras passaram a comercializar seus quitutes para ajudar na manutenção dos próprios convento, quando finalmente em 1834 a coroa portuguesa acabou com todas as instituições religiosas  e as freiras e um bocado de monges acabaram por espalhar as receitas mantidas em segredo por séculos, é bem verdade que muitas dessas receitas foram retiradas de dentro dos conventos.
E por falar nisso a doçaria portuguesa não teve início com a chegada do açúcar na Península Ibérica  de 1454, ou 1455, nem tampouco com o domínio árabe naquelas terras que supostamente teriam introduzido o mel em Portugal, trazendo os bolos de mel, o alfenim e a alféola. A doçaria já estava presente desde as várias invasões de outros povos centenas de anos antes dos mouros resolverem estabelecer-se naquele país irmão(CASCUDO, 2011).
                           
                             



Referencias :

Cascudo, Luis da Câmara. História da Alimentação no Brasil. São Paulo: Global, 2011.

Internet: Consultado em 26.11.2012.

Borough Market






O mais antigo mercado inglês é o Borough Market, teve inicio no ano de 1014, em uma parte da cidade onde eram atraídos diversos mercadores que traziam grãos, peixes, vegetais, carnes entre outros.  O mercado crescia cada vez mais, então o Parlamento Britânico o fechou no século XIII, mas os moradores da região, determinados a continuar vendendo seus produtos, se uniram e compraram seu terreno atual.




O mercado mistura cores, sabores e cheiros de todos os lugares do mundo. Hoje em dia ele possui 100 stands com as comidas mais variadas, sendo desde frutas e pães, sanduiches, frutos do mar e também muitos produtos orgânicos, mas não se encontra o que estamos acostumados, o fast food. Sua principal característica é possuir a especialidades da comida inglesa e também de diversos países da Europa e do mundo.



Nele também são vendidas bebidas como sucos naturais, espumantes, vinhos e o que não pode faltar na cultura inglesa a cerveja. E também possui uma área para os vegetarianos e alas com peixes, para deixar qualquer um querendo mais.
Como alguns exemplos de comidas servidas nesse mercado temos o hambúrguer de avestruz, com maionese, rúcula e molho cramberry, o frango ao curry nos tipos malasianos, indiano e tailandês.
Ele está localizado em baixo de um viaduto ferroviário e entre a margem do Rio Tamisa e a Borough High Street.

E abaixo, temos um vídeo no qual são mostradas imagens do mercado.






Referencia:

O alimento para a vida



Quando pensamos na culinária alemã logo nos vem a imagem de salsichas, defumados, cerveja, chucrute, mas o que eles realmente consomem em grande escala, e possui muita tradição são os pães ou brot.
A sua variedade é grande, tendo os de centeio, pretos, integrais, nozes, cebola, entre outros.
No país existe cerca de 18mil empresas nesse setor, a pão em cada esquina da Alemanha. E nesse meio vem crescendo também as padarias alternativas, ou seja, aquelas que oferecem um produto mais natural e saudável.
Mas porque essa fascinação por pão? Especialistas dizem que isso ainda é um mistério, pois vem desde a Idade Média, mas acreditam que as associações a medievais de panificadores mostraram um papel importante na fabricação do alimento. 
Um dos pães mais procurados por lá é o de centeio que possui uma grande variedade, o centeio é considerado o néctar dos deuses, e os padeiros são incorruptíveis com os grãos. Isso também é devido a facilidade do cultivo, pois não necessita de solo de qualidade.


Imagem: Pão de centeio
Fonte: http://jorgemonti.blogspot.com.br/2011/06/hoje-pao-de-centeo-alemaoqueijo.html


Imagem: Centeio
Fonte: http://morellinutricao.com.br/ler.php?pagina=15&artigo=49


Talvez o mais conhecido e que caracteriza o país é o Bretzel ou Pretzel, não se sabe ao certo quando este pão aparece, mas uma das principais historias é que no ano 610 d.C., um monge italiano o dava de presente as crianças que decoravam as orações  Ele moldou a massa para que parecessem bracos dobrados para a oração. Seu nome inicial, dado pelos monges foi pretiola, que em latim significa "pequena recompensa", e assim em italiano a ficou conhecido como bracchiola que significa 'bracinhos". Para os católicos ele é considerado religioso devido aos seu ingrediente (farinha, sal, água  fermento). Eles eram consumidos durante a Quaresma, pois era proibido consumir ovos, banha de porco ou laticínios. Também foram associados a Páscoa, que na época eram escondidos como o ovo, e também representavam a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espirito Santo).




Imagem: Bretzel
Fonte: http://www.eucapricho.com/2008/03/06/hora-da-fome-7/ 

E no Brasil está chegando esses famosos pães fabricados pelo chef alemão Alexander Diener que acaba de lançar uma linha de pães alemães na padaria Pão & Cia Laranjeiras, no Rio de Janeiro. O jovem de 27 anos, é filho de padeiros e está no Brasil a um ano contratado pela casa. O interessante de suas produções é que elas são livres de aditivos e conservantes. E o seu ingrediente especial é o malte de trigo.



Imagem: Chef Alexander Dienes
Fonte: http://basilico.uol.com.br/4366-artigos-RECEITA-ALEMA

Referencia:

http://basilico.uol.com.br/4366-artigos-RECEITA-ALEMA
http://cybercook.terra.com.br/pretzels-m-19-272.html
http://www.dw.de/alem%C3%A3es-s%C3%A3o-loucos-por-p%C3%A3o/a-1522380-1

Bélgica


A Bélgica é um pais muito rico, tanto economicamente falando quanto culturalmente, este pais possui três idiomas oficiais, no qual é dividido por sua ordem numérica de sua população falante, os três idiomas oficiais são eles; holandês, francês e alemão, existem também línguas faladas de forma minoritárias, ocorrendo isso apenas em cidades mais infiltradas na cultura clássica do pais, que não sofreram influencia da globalização. Este país é divido geograficamente em três sub-regiões, as duas primeiras possuem cinco províncias e a ultima é a região da capital de Bruxelas.


A gastronomia da Bélgica é fortemente marcada por influencia dos países vizinhos, mas nunca deixou de possuir suas próprias características, e sem deixar de lado os pratos clássicos, a gastronomia deste país pode não ser a mais famosa do mundo, mas com certeza merece ser reconhecida.
Quanto mais perto do litoral, maior é o consumo de peixes e frutos do mar, quanto mais longe maior a quantidade de gordura na comida.
Uma coisa marcante em sua gastronomia é a utilização de ingredientes muito frescos, trazendo todo um requinte para sua cozinha clássica, são usados todos os tipos de ingredientes possíveis, também são usados vários tipos de carnes das mais comuns como vitela e pato, até as mais exóticas como javali e perdiz, aproveitando da abundancia de carnes é muito comum o consumo de embutidos feitos através de charutarias artesanais.
Os belgas são de longe grandes apreciadores de cerveja, possuindo em seu cartel nacional mais 400 tipos, cada uma com uma característica única e inovadora, tais cervejas são mais fortes que as vendidas no Brasil, as cervejas belgas podem chegar a 8,5% de teor alcoólico, algumas dessas cervejas podem acompanhar um queijo criado pelos belgas chamado “queijo de Limburger”, muitas pessoas acham que esse queijo foi criado pelos alemães, mas foram os belgas os verdadeiros criadores, esse queijo é feito a partir de leite de vaca pasteurizados com um grande teor de gordura, possui um sabor forte e um odor marcante.
Agora vamos ao que interessa, vamos falar de uma receita deste pais, minha família é de origem Belga, meu avó, Robert Sparenberg é Belga, nascido na cidade de Antuérpia, e mora no Brasil a mais de 50 anos, e sua receita preferida era:



“Coelho a moda do Cervejeiro”
1-Colher de sopa açúcar mascavo.
1-Colher de sopa farinha de trigo.
1-Bouquet Garni(Tomilho, Salsa, Louro).
250ml de cerveja belga(Stella Artois é a mais fácil de achar).
150g de bacon em cubos pequenos
1-Coelho cortado em pedaços.
50g de uva passas.
50g de banha de porco.
20 Cebola pequenas.
3-Dentes de alho.
Sal e pimenta do reino a gosto.

MODO DE PREPARO;
Deixar as passas marinando em 100 ml de cerveja. Dourar o bacon e as cebolas em um pouco de banha. Retirar e reservar. Na mesma panela, dourar os pedaços de coelho no restante da banha. Retirar o excesso de gordura, juntar o alho e temperar com sal e pimenta-do-reino. Polvilhar a farinha, misturar bem e acrescentar a cerveja, o bouquet garni, as passas com a marinada e o açúcar. Cobrir com água, tampar a panela e cozinhar por 15 minutos. Voltar com as cebolas e o bacon para a panela e continuar o cozimento por mais 25 minutos. Acertar o tempero e servir, é claro, com uma boa cerveja belga.

Guten Appetit!!


Referencias Bibliograficas



Hungria

A Hungria é um país sem litoral, que faz fronteira com muitos países, sendo eles a Eslováquia, a Ucrânia, a Romênia, a Sérvia, a Croácia, a Eslovênia e a Áustria. É um país tradicionalmente católico, sendo que cerca de dois terços da população é católica e quase um quarto é protestante. A língua oficial do país é o húngaro, a moeda utilizada é o florim e sua maior cidade é Budapeste, sendo também o centro cultural e econômico do país.
Os recursos naturais da Hungria são limitados (bauxita, carvão e gás natural), bem como solos férteis e terras aráveis. Os vinhos húngaros são apreciados em toda a Europa e o país tem como principal exportação equipamentos elétricos e eletrônicos, maquinaria, produtos alimentares e produtos químicos. Além disso, a Hungria é um país com grande tradição musical, considerando que a sua música popular serviu de inspiração para grandes compositores. 

Imagem: Hungria, Budapeste
Fonte: www.google.com.br/hungriafotoss


A Hungria é um país com rica tradição gastronômica, os pratos são de tempero forte e a especiaria mais utilizada é o pimentão húngaro, a páprika, utilizada em sopas, aves, molhos e carnes em geral. O prato mais conhecido da cozinha deste país é o Gulyás, uma sopa cozida em panelas ao ar livre, que tem como principais ingredientes a carne de vaca, batatas, inhoques e a páprica como tempero.
Na Hungria os pratos são muito pesados, pois usam banha de porco por causo do frio, mas ao tomar café da manha não são tão exageradas, suas refeições matinais são mais leves essa refeição recebe o nome de kifli, utilizão pão fresco, frutas e cereais, já nas outras refeições são mais gordurosas, existem muitas receitas das sobremesas deste local, mas a que mais me chamou a atenção foi, uma de um bolo chamado Dobos Bolo.
Esté bolo é típico deste país, ela foi criado no final do século XIX, o seu nome foi dado para homenagear seu criador, um mestre confeiteiro chamado József C. Dobos, na verdade ele não é bem um bolo mas sim uma torta, ele é feito em seis camadas,  intercalada com massa e camada de chocolate, e finalizada com uma camada fina e crocante de caramelo, está torta possui certa fama neste pais, possuindo um museu em sua homenagem onde, são apresentadas técnicas e curiosidades do seu criador.







Ingredientes:


Recheio:
240 gramas de açúcar
120 ml de água
145 gramas de gema
15 ml de essência de baunilha
45 ml de rum
50 gramas de chocolate amargo em pó
575 gramas de manteiga sem sal

Bolo:
290 gramas de manteiga
180 gramas de açúcar
200 gramas de ovos
180 gramas de farinha de trigo
3 gramas de sal
7 ml de essência de baunilha
Manteiga para untar
Farinha para polvilhar

Cobertura:
160 gramas de açúcar
60 ml de água

Modo de preparo:


Recheio:
Numa panela em fogo brando, misture o açúcar e a água. Mexa até o açúcar dissolver. Pare de mexer, aumente o fogo para médio e deixe ferver até ficar em ponto de bala mole. Reserve.
Numa batedeira, bata as gemas até ficarem esbranquiçadas e volumosas. Sem para de bater, despeje a calda quente em fio sobre as gemas. Continue a bater até a mistura ficar em temperatura ambiente e formar um creme fofo. Misture a essência de baunilha, o rum e o chocolate amargo em pó. Vá juntando a manteiga em temperatura ambiente em pedacinhos, batendo até incorporar

Bolo:
Numa batedeira, bata a manteiga em temperatura ambiente com o açúcar, até ficar cremoso. Junte os ovos um a um e incorpore. Desligue a batedeira e peneire sobre a massa a farinha de trigo, o sal e a essência de baunilha. Mexa até obter uma massa lisa e firme. Reserve.
Unte e enfarinhe uma forma para pizza de cerca de 25 cm de diâmetro e espalhe 2 colheres de sopa cheias de massa. Após assar, desgrude a massa da forma com a ajuda de uma espátula e coloque sobre papel-manteiga. Limpe o fundo da forma com toalhas de papel e vá repetindo a procedimento até assar tudo. Reserve.

Cobertura:
Numa panela em fogo médio, cozinhe o açúcar com a água sem mexer, até formar um caramelo.

Montagem:
Primeiro, escolha o disco de massa mais bonito e espalhe a cobertura de caramelo. Com uma faca untada de manteiga marque 10 fatias. Reserve.
Coloque um disco de massa sobre um prato redondo e espalhe um pouco do recheio, formando uma camada de 2mm de espessura. Cubra com outro disco de massa, coloque o recheio e continue alternando as camadas. Com o auxílio de uma faca, vá alisando a lateral da borda, retirando o excesso de recheio. Use o disco caramelizado para cobrir. Utilize o restante do recheio para decorar a lateral da torta. Guarde na geladeira até a hora de servir.

Guten Appetit!

REFERÊNCIAS:






Brunost (Gjetost)




Imagem: Brunost
                                     
Brunost significa em norueguês queijo castanho, isso por apresentar aspectos incomuns para um queijo, como sua textura, cor e sabor de caramelo, contudo mantendo as características de queijo.

Um pouco de História!
Esse queijo começou a ser produzindo por Anne Hov, no final do século XIX, ela era esposa de um fazendeiro e moravam no vale Gudbrandsdalen, na região oriental norueguesa.(CASE, WALLACE; 2009)
Anne produzia queijos feitos de soro de leite de cabra, contudo, um dia teve a brilhante ideia de acrescentar ao líquido que faria o queijo, creme do leite, criando inesperadamente o Brunost. Dessa forma o queijo ganhou uma cor castanha clara, e um sabor de caramelo, e isso fez com que ele tivesse melhores preços comparados com os de sua produção normal. (CASE, WALLACE; 2009)
Historicamente esse queijo também foi importante, pois sua rende, em certa época, salvou o vale Gudbrandsdalen da ruína financeira. (CASE, WALLACE; 2009)


Vamos ao Queijo em Si!
Esse queijo como já dito, é produzido a partir do soro do leite misturado ao creme ou nata do leite, nessa região são produzidos muitos queijos de cabra, por ter maior numero de criação do animal em suas paisagens montanhosas, dessa forma, hoje esse queijo é produzidos a partir da mistura do leite de cabra com o leite de vaca, isso dá a ele um sabor mais variado, e faz com que o queijo tenha uma textura semi-dura e com um teor de gordura menor (aproximadamente 30% menor). No entanto, ainda são produzidos Brunost com apenas leite de cabra, e são conhecidos como Gjetost EKTE ou genuíno (Gjetost significa: queijo de cabra em norueguês). (TEDDINGTONCHEESE, 2002).


Imagem: Produção do Brunost

Para produzir esse queijo, deve-se cozinhar o creme e o soro dos leites (cabra e vaca) até que a lactose (açúcar do leite) caramelize  dando a cor, o aroma e sabor de caramelo. Em seguida o queijo e colocado em formas geralmente quadradas ou redondas até esfriar. Não é necessário envelhecimento, assim que frio já está pronto para o consumo. (WOLFF, 2011)


Imagem: Formatos do Brunost

Seu sabor é semelhante a um caramelo levemente azedo e doce (agridoce), muitas pessoas dizem que lembra o Fudge (doce feito a partir da fervura do leite, açúcar e manteiga). (TEDDINGTONCHEESE, 2002).
Depois da primeira mordida, o sabor caramelado se torna agridoce e suave, ao invés de enjoativo como se espera, sendo surpreendente! (CASE, WALLACE; 2009)
Brunost é muito consumido na Noruega, e tradicionalmente no café da manhã norueguês este queijo agridoce e castanho tem grande presença. Ele tem uma textura sedosa quando cortado em finíssimas fatias feita com o fatiador de queijo, pode ser servido com bolachas ou wafers, alem de ser derretido e servido com torradas. Também combina com molhos para carnes de caça. (CASE, WALLACE; 2009)




Imagem: Café da Manhã
Fonte: http://pfdadenise.blogspot.com.br/2011/07/um-pedacim-de-quejo-marrooooom-takk.html


Imagem: Brunost com fatiador

No Natal na Noruega esse queijo é um dos favoritos com bolo de frutas, também é ideal em um fondue doce. (TEDDINGTONCHEESE, 2002). (TEDDINGTONCHEESE, 2002).


Imagem: Fondue de Brunost


Referências:

CASE, Frances; WALLACE Gregg, 1001 Comidas para Provar Antes de Morrer, Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2009.

TEDDINGTONCHEESE, Gjetost, disponível em: http://www.teddingtoncheese.co.uk/acatalog/de301.htm  visitado em: 5/11/2012.
WOLFF, Meeta K., Queijo Brunost - uma Iguaria Norueguesa, Dispinível em: http://www.whatsforlunchhoney.net/2011/01/brunost-cheese-norwegian-delicacy.html Visitado em: 05/11/2012.


"Não só de política vive o homem"


O conhecido ditado cabe bem para o povo russo. É fato comum que  os russos formam uma sociedade altamente politizada, haja visto sua história recheada de guerras, revoluções, invasões sofridas e outras realizadas por eles.  A Federação Russa ocupa quase metade da área da Europa e um terço da Ásia, com um território dessa envergadura fica fácil de se prever que existe uma variação grande dentro do país. No norte na área conhecida como Sibéria a temperatura alcança  facilmente  -40/ -50 graus Celcius.  Já na região mais ao sul o clima é mais ameno, o que não impede que a temperatura média do país gire em torno de cinco graus Celcius.
Pois bem, com um clima desses o povo além de esquentar a goela com uma boa vodka precisa de alimentos ricos em calorias e aí entra a  convidada de honra desta humilde postagem, a sopa.


Imagem : Cadê a rua ?



Cozinhar lentamente os alimentos é um dos princípios básicos para se fazer uma sopa decente,  já dizia  minha avó, uma imigrante que na sua simplicidade  carregava um conhecimento de culinária e porque não dizer, de vida. Mas  voltando para a sopa, os russos à séculos, criaram um forno  que produz um calor seco a uma temperatura constante  que devido a sua construção mantém os alimentos longe do fogo  facilitando a cocção de pães e ensopados. Trata-se do petchka.


Imagem Típico fogão das residências russas- Petchk                                                                           


Imagem: Sopa Borsch.
     Fonte: http://multirecepty.ru/page/12/


 A imagem acima retrata  a mais conhecida das sopas russas. No princípio a iguaria era  preparada com aveia ou ervas, posteriormente ganhou um ingrediente que tornaria a estrela - a beterraba - que dá nome ao  prato. Segundo a jornalista  Sasha Enkova, em artigo publicado para a gazeta Russa em 27/10/2012, o tubérculo somente é substituído pela azedinha, planta originária da Península Ibérica, os outros ingredientes são utilizados de acordo com suas sazonalidades.